Boas!
Essa VMER Passat era de Almada senão me engano! E felizmente não teve outras repercusões. Muitas mais deste género aconteceram e continuam a acontecer, mas os motivos que levam a estes acidentes são cada vez mais reduzidos.
Passemos então à parte de quem conduz e porquê!
"Todos" se perguntam porquê um enfermeiro(a) a conduzir.
A resposta passa por três únicos motivos.
Primeiro a equipa é constituida por dois elementos 1 médico, 1 enfermeiro. (50% resolvido)
Segundo, o médico tem funções de gestão clinica, precisa conhecer a(s) vitimas às quais se dirige e mentalmente estabelecer uma ordem de abordagem. Por isto o contacto rádio, telemóvel ou computador é continuo com o CODU, corporação que já se encontra no local ou com as outras equipas envolvidas na ocorrencia.
Pois bem. Uma terceira diz que médico ou enfermeiro, homem ou mulher têm a mesma capacidade formativa, logo a possibilidade de adquirir competências iguais em que conduzir é uma delas. Atendendo às caracteristicas inerentes à prestação de socorro urgente, então fica o enfermeiro com essa função atribuida.
Esclarecido que fica quem conduz, falta formar de forma equilibrada cada um desses elementos. Se uns têm aptidões desenvolvidas, outros não e aqui sejam homens ou mulheres, cada um têm as suas vantagens, receios, dúvidas e por último desempenho.
Inicialmente a formação foi assegurada juntamente com as equipas de segurança, GOI.
Mas cedo se verificou que a condução agressiva não se coadunava com o exercicio pretendido. Vários acidentes aconteceram, impedindo o socorro oportuno em tempo útil.
Se devagar pode parecer uma eternidade e por vezes chegar tarde é um risco extra. Não chegar de forma alguma é uma tragédia.
Secundáriamente a prevenção rodóviaria assumiu esse componente formativa, mas as lacunas eram ainda maiores.
Foi criado o centro de formação de condução INEM, onde elementos internos tiveram formação em condução nas vertentes emergência defensiva, técnicas de condução ( em várias vertentes) e situações de exceção.
Procurou-se desta forma equilibrar a prestação dos vários elementos enfermeiros na função condução.
Este núcleo de formadores estende as suas funções atualmente também a todos os que conduzem ambulâncias INEM.
Se alguns se entendem como pilotos não têm lugar neste serviço pois o suposto é, chegar bem, chegar rápido, chegar. Por esta ordem riscos desnecessários, ou colocar outros em risco não deve ser o lema numa função que antecipa a outra que é afinal o objetivo, prestar cuidados de emergência.
Claro que já andamos a 220Km/h ou em duas rodas, ou em drift ou ... mas condicionado às diferentes condições.
Atualmente a VMER transporta +/-300Kg de carga fora a tripulação e eventualmente um estagiário. Parar um veÃculo pesado com transferência de carga constante, com uma sirene a tocar encima dos ouvidos e saber que alguém está à nossa espera,...,não é pêra doce.
Qualquer pergunta... vão dizendo!
Abraços