My 2 cents:
A SAAB sempre foi uma marca de nicho. Como referiram acima, nunca foi um gigante e sempre produziu um numero reduzido de modelos em simultaneo. Ou seja, nunca foi sua verdadeira vocação ganhar grande quota de mercado, uma vez que a sua marca era valiosa apenas em determinados nichos. A GM percebeu isto quando a adquiriu e passou a administrar, nunca tendo feito o mÃnimo esforço para tentar penetrar em novos mercados. Poderão dizer que houve algumas novidades (com os SUV), mas isso eu considero que foi uma deriva para responder a uma tendência muito forte, sem nunca perder de vista que estava num segmento premium. Ou seja, o seu rival nunca foi o Qashqai e afins.
Alguém que pegue na SAAB atualmente, é pelo valor que a marca tem. O Goodwill, se quiserem. E seria um erro estratégico pegar numa marca como a SAAB e desatar a fazer carros low cost para mercados emergentes. Para isso, fica mais barato começar do zero, porque o cliente low cost não vai atrás da marca, vai atrás de value for money.
Dito isto, haver um investidor que quer investir na SAAB, para mim são boas noticias. Existem em mercados como o indiano empresas que geram hoje avultados fluxos financeiros e os gestores querem dividir os "ovos" por diversos cestos. Já têm o low cost. Falta o premium. E para aceder ao premium, é muito mais difÃcil e caro começar do zero do que adquirir uma marca já com pergaminhos neste tipo de mercado. O que me leva a supôr que alguém que adquira a SAAB invista fortemente para a colocar de novo no seu mercado natural, que é o das viaturas de qualidade.
E não é isso que nós desejamos por aqui...?
Rui Ribeiro