O que se descobre por aí Há alguns anos, a Saab teve uma ideia: por que não injectar água para dentro do motor, resfriando a câmara, para evitar a detonação, e ainda melhorar o consumo em situações de pé na tábua?
Nos motores experimentais de 1996, a injecção de água do lavador do pára-brisa era accionada quando se pisava no acelerador até o fundo, ou quando se passava de 200 km/h.
Injectada no colector de admissão, permitia redução de consumo entre 20 e 30%, justamente em condições de maior gasto de combustível.
A injecção de água é bastante antiga. Usava-se em motores aeronáuticos desde a Segunda Guerra Mundial, e antes disso experimentalmente.
Nos dragsters é normal ver um mecânico esguichando água nas borboletas de admissão de ar. Nesse caso, justamente para baixar a temperatura na câmara antes da prova cronometrada.
A Saab foi além com as pesquisas, incluindo o aditivo anti-congelamento na água do lavador, uma absoluta necessidade em climas frios, e verificando o que ocorria com o motor tendo que admitir a água com o aditivo.
Nas páginas do boletim fica claro que deveria ser usado apenas o anticongelante derivado do álcool de madeira, sendo o etileno-glicol não permitido, pois poderia causar danos ao motor.
Na época, Per Gillbrand declarou que ele tinha certeza que havia ainda muito campo para desenvolver os motores de combustão interna, e que o uso cada vez mais difundido dos turbo-compressores permitiria atingir óptima eficiência, tanto de consumo quanto de emissões.
Isso fica a cada dia mais claro, basta ver o contínuo trabalho das fábricas em projectarem e produzirem motores de menor tamanho. Há exemplos em todas as marcas mais conhecidas.
Já há bastante tempo, o principal componente adicionado a motores para baixar a temperatura de admissão é o trocador de calor ar-ar, conhecido como intercooler, ou, se quisermos usar termo em Português, inter-resfriador. É o mais comum, sendo de baixo custo e não sofrendo com a possibilidade de vazamentos de líquidos, o que é sempre bom para a fiabilidade mecânica do veículo.
A eficiência do trocador ar-ar não depende de quantidade de água, e permite uma redução de temperatura importante na admissão, melhorando muito a eficiência da queima, já que a densidade do ar admitido é maior. Mais moléculas de oxigénio em um mesmo volume.
Por que esse trabalho não foi em frente não sabemos. Podemos apenas especular que a possibilidade de ter essa ajuda da água por período limitado, devido à capacidade do reservatório do lavador, deve ter levado a uma decisão de não produzir. Clientes poderiam reclamar, dizendo que o carro apresentava algum comportamento muito variável entre as duas condições, com e sem injecção de água.
A Saab era realmente uma empresa diferente. Mantinha a imagem de experimentar, e divulgar o que estava tentando fazer funcionar.
Apenas na Austrália, a Saab local modificava o 900, criando o modelo Enduro, uma versão bastante limitada e desportiva, que já vinha com esse kit montado. Registos mostram que apenas 11 carros foram fabricados.
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Para quem quiser transformar(
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