Rodagem

Voltar
  • Rodagem   por Guest em 12 Dez, 2012 23:37
  • Bem, é-me util também a mim :)

    Abri este tópico para discussão de como fazer a rodagem num carro depois de rectificado o motor. Existem várias opiniões e artigos, mas não existe consenso...

    Digam lá de vossa opinião  O0

    Abraço
  • Responder #1   por castelar em 12 Dez, 2012 23:58
  • A minha modesta opinião:
     => Até aos primeiros 1.000Kms não levar a caixa ao máximo não abusar das velocidades tanto ao desenvolver como ao reduzir. Mudar o Óleo
     => Dos 1.000Kms até aos 5.000 já se deve levar mais longe um pouco a caixa e sem esforço pode-se levar a velocidades na ordem dos 130/140. Mudar o Óleo
     => Dos 5.000Kms para a frente deve-se levar a velocidade até ao limite do condutor ;)
    Esta é a minha maneira de fazer rodagem quer em carros novos quer em reparados.
    Abraço
  • Responder #2   por svidinha em 13 Dez, 2012 09:41
  • Boas,

    Só para que fique bem explicito eu não percebo nada de mecânica, por isso e com isto em mente aqui vai.

    Antigamente a rodagem existia para que os vários componentes do motor pudessem "acamar" e com isso não provocar desgastes anormais, prematuros.

    Isto tinha toda a razão de ser, antigamente, hoje já não é verdade, e porquê?

    As máquinas evoluiram, e sim estou a falar dos tornos, fresadoras, centros de maquinagem, etc. Se repararem e forem ao torneiro do fim de rua já todos medem no mínimo a 0.001 mm, e isto apenas como exemplo.

    No caso dos motores, e vamos falar dos cilindros e pistões como exemplo, não é apenas a distância de folga entre o cilindro e o pistão que conta, mas sim e muito a rugosidade do material. Aqui sim era verdadeiramente importante a antiga rodagem, na rugosidade, e isto porque se (vou dizer mal mas entende-se melhor) se demasiado rugoso o nível de fricção aumentava consideravelmente fazendo subir a temperatura o que originava as soldaduras a quentes, o chamado agarrar. Se por outro lado, essa rugosidade for baixa acabava por provocar o mesmo efeito mas por um efeito diferente que é o da aproximação inter-atómica.

    Hoje em dia, e estamos a falar de peças de produção (não do zé da esquina) estes problemas já não se colocam pois estes parâmetros estão mais do que controlados, não estamos a incluir aqui aquelas peças forjadas que alguns entendidos colocam e que depois dá asneira e que nada teve a haver com rodagens.

    No entanto, e para os mais teimosos, não faz mal nenhum em fazer as ditas rodagens, agora se faz algum bem é muito questionável.
  • Responder #3   por castelar em 13 Dez, 2012 13:27
  • Pois tudo bem, mas ao fim dos primeiros quilómetros tirem (deve ser substituído) o filtro do óleo por via das dúvidas, pois uma ínfima limalha pode dar cabo de uma câmara.
  • Responder #4   por Nicodemus em 13 Dez, 2012 13:56
  • Concordo. Mas acho que só é valido para motores novos. Porque, por exemplo, um pistao novo num bloco usado eu recomendo rodagem, por causa da ovalização dos cilindros e da espessura extra dos segmentos.

    Abraço
  • Responder #5   por TesZero em 13 Dez, 2012 15:00
  • Vidinha, não é bem assim...

    ou... não é nem assim de todo :D

    especialmente em motores reconstituidos...

    vamos ter em conta o meu motor ou o do kamuma que já contam com alguns kilometros...

    eles sairam de fabrica e andaram... desgastaram componentes... e foram abertos.

    As peças de desgaste como bronzes e segmentos foram trocados.

    O pistão NUNCA está em contacto com o bloco... portanto a teoria da rogusidade não é valida.

    Em cada pistão temos 3 segmentos, esses sim, são elementos de desgaste e foram trocados.

    Esses segmentos, assim como os bronzes, vão ter que ser "acamados" ao pistão e bloco já usados...

    Sendo o trabalho bem feito, o bloco e cambota são sempre despolidos, contudo não é material novo.

    Portanto... TUDO o que tiver fricção deve de ter uma rodagem...

    A minha sugestão passa muito pela opinião do Castelar...

    - trocar óleo nos primeiros 1000 kms.. (eu troquei aos 500 e depois aos 1500)
    - Andar com muita calma esses primeiros kms...
    - Depois andar num ritmo normal (eu não passei dos 100)
    - após os 5.000 kms começar a puxar progressivamente... com cuidado.

    Não sou em nada a favor de "ser prego a fundo"... nem eu nem pelos vistos muitos rectificadores de blocos... quando fui despolir o meu bloco disseram-nos (a mim e à gaja) a mesma coisa...

    Um troque que deves de seguir... e se procurares por "engine break in" no google praticamente todos o sugerem...

    é usares óleo semi-sintético e não 100% sintético...

    Para que exista o desgaste necessário à rodagem, pelo menos nas primeiroas 2 ou 3 mudas (dependendo quando fizeres a primeira muda)

    Se usares óleo 100% sintético irás prolongar muito mais o tempo de rodagem devido ao desgaste reduzido das peças...

    Não sei se tirei foto, mas posso procurar se ainda tenho no pc as limalhas que tirei do meu motor na primeira muda...

    Abraço

  • Responder #6   por svidinha em 13 Dez, 2012 16:02
  • O pistão NUNCA está em contacto com o bloco... portanto a teoria da rogusidade não é valida.

    Devias de ler com mais cuidado antes de responderes, eu tive o cuidado de deixar em aberto as reconstruções (de motores entenda-se) porque quem as faz, nem sempre as fazem como deveria de ser, muitas vezes por uma questão de euros, outras nem interessa.

    Tive o cuidado de falar em pistões e cilindros de propósito, porque como tu mesmo deves saber existem medidas específicas e bem definidas para a colocação de segmentos novos, e que se devem respeitar.

    Quanto a questão que falei, desculpa mas o enganado aqui és tu, e quando se fala em rugosidade não têm propriamente que ser algo que se veja a olho nu. Já agora, só para rematar isto, diz-me qual é a rodagem feita nos carros de competição, só por curiosidade mesmo? E sim, deves saber que todos esses motores (e não estamos a falar dos F1, é um caso a parte) são abertos e reconstruidos com regularidade, e que de seguida fazem mais uma temporada (kms) no limite, e que se estas questões não fossem assim tratadas não fariam uma prova sequer até ao fim.

    Mas, como eu disse, não faz mal nenhum fazer a rodagem, aliás e pelo que escreveste até convêm mesmo, e eu ainda não tinha dito nada contra isso, apressado  :)|.
  • Responder #7   por TesZero em 13 Dez, 2012 16:18
  • A teoria da rugosidade entre o pistão e o bloco vidinha!!!! é essa a que digo que não é valida... porque existem os segmentos no meio.

    ou seja... o desgaste é no segmento... aliás... é suposto ser lá :)

    A atenção com que leio é o máximo que posso ter, estou a trabalhar e a responder ao mesmo tempo, sendo que é o único tempo que disponho para participar aqui.

    Portanto, tenho alguma desculpa :D

    Bom exemplo os carros de competição... ninguém quer que o seu motor dure tanto como um desses, certo?

    motivo pelo qual deve de ter uma rodagem bem feita...

    a única coisa que quis salientar é que não é pelos tempos terem evoluído que se deva de passar a rodagem... senão não teriam saído limalhas do meu carter :D

    capiche?

    :D

    Abraço
  • Responder #8   por svidinha em 13 Dez, 2012 16:46
  • Hoje nem estou com paciência por isso remato aqui a conversa.
  • Responder #9   por amreal em 13 Dez, 2012 23:06
  • Rodagem bem feita é, respeitar os limites de velocidade sempre ao melhor regime de binário!!
  • Responder #10   por TesZero em 14 Dez, 2012 16:31
  • Vai... corre... REMATA!!!! e... GOlllloooooooo :)

    :D

    não quis contradizer... (sei que agora lendo a minha resposta até parece tal...mas não foi a intenção)

    Obviamente a tecnologia de construção foi melhorada (embora falemos de carros com mais de 20 anos como se fossem recentes - 9000)

    Contudo, embora blocos, cambotas, segmentos ou bronzes sejam feitas em tornos e fresas sem margem de erro... essas peças depois de montadas em materiais já usados vão ter que acamar ao desgaste do mesmo...
    Portanto... precisará sempre de uma rodagem...

    Em um carro novo, saído de fabrica, obviamente um bronze de cambota vai ficar 100% acamado à cambota novinha em folha e... mesmo assim... a rodagem é recomendada.

    Relembro que a pergunta aqui depreende-se com motores reconstruidos.

    O que quero dizer, enfim... é que não usei os melhores termos para expressar o que pretendia, peço desculpas por tal e que... no fundo penso que estamos a dizer a mesma coisa :)

    Abraço

  • Responder #11   por Guest em 14 Dez, 2012 23:03
  • Bem... Tópico esclarecedor... :)))

    Eu penso que depende de muita coisa e não deve ser tão linear quanto isso... O que vou fazer, e já me decidi:
    1º-1500km a conduzir sem excessos, trocar óleo e filtro;
    2º-1500km a conduzir "normal", mas com uns "picozitos" de vez em quando, ver nivel de óleo e trocar dependendo do estado do óleo;
    3º-andar normal, com picos, arranques, etc

    Se faço bem ou não, só o tempo dirá... Mas é como digo, as opiniões dividem-se  :)

    Abraço
  • Responder #12   por teco em 15 Dez, 2012 04:58
  • Rodagem fase 1.... Ter carro para rodar
    Rodagem fase 2.... Ter carro que rode
    Rodagem fasd 3... Ter carro fora da oficina
    Rodagem fazê 4.... Levar o carro a apanhar ar sem se constipar
  • Responder #13   por TesZero em 15 Dez, 2012 08:55
  • 1- acho que a primeira muda aos 1500 km é poupares para poderes vir a gastar mais tarde... penso que os 1000 km já seja exagero... por esse mesmo motivo troquei o meu óleo aos 500 kms e voltei a trocar aos 1500...

    2- 1500 kms acho muito pouco para ter os primeiros "picos"... e depende do que é o teu normal... especialmente após somente 1 muda de óleo...não é só importante a velocidade a que vais andar, mas sim também a velocidade a que lá chegas... ou seja... subidas de rotações rápidas é para estragar...

    3 - não acho nada certo os primeiros "picos" acontecerem antes dos primeiros 5000 kms...

    Contudo, tal como foi com a junta, tu é que sabes :D

    Viste o que gastaste até agora...

    Imagina voltar a fazer isto tudo de novo, mas alem disso poderes ter que necessitar também de:
    - se riscares o bloco, alargares o mesmo e comprar novos pistões para a medida... mais alguns 500 ou 600€ alem do que já sabes..
    - se riscares a cambota, rectificares a mesma e comprar novos bronzes para a nova medida... mais uns 200€... obviamente que vais fazer tudo o resto, porque se riscou a cambota pode também ter riscado o bloco... ou não... mais vale ver...

    Depois de ponderar os prós e os contras... 5.000 kms a andar com calma e trocar 3 vezes de óleo penso que seja um preço baixo a pagar quando se fala em poupar mais de 1000€ e não ter o carro mais 3 meses parado...

    Isto é o que faria (que estou a fazer).
    E... com a caixa que eu tenho... não achas que me dá uma vontade do caraças de pisar a fundo quando vem um velho num bmw, porsche ou mercedes a dar-me sinal de luzes quando tenho mais que carro para lhe dar uma "lição"? Mesmo assim resisto...
    E este não é o meu carro do dia a dia... e nem está a gpl...
    O fosco custou e consegui, portanto este demora mais, mas também vou conseguir... já tenho alguns 4.000 kms feitos :)

    Abraço
  • Responder #14   por Guest em 15 Dez, 2012 12:47
  • Nao sei se consigo...  ::P Logo vejo... Mas quando digo picar nao é sempre. O que quero dizer é puxar gradualmente pelo carro.

    Abraço

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Are you sure?

Go to page:
You're not logged in

Navigation